segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ONTEM

Tiveste o teu momento de covardia nº 1536 quando me disses-te com a grande lata que já te é característica que a tua filha não se aproxima mais de ti e não fala contigo sobre assuntos mais pessoais dela porque eu nunca o permiti.

Não consegues perceber por ti próprio que se a tua filha não fala mais contigo é porque tu nunca lá estás para ela, porque vens "picar o ponto" ai desculpa, vens jantar e passados 10 minutos já sais porta fora outra vez e quando voltas ela já está a dormir, ou porque quando ela precisa de te dizer qualquer coisa já sabe que muito provavelmente tu lhe respondes com arrogância e nunca tens paciência para os pequenos medos e dúvidas que uma menina adolescente desenvolve.

Não vês que ás vezes ela só precisa de uma abraço e que lhe digam que vai ficar tudo bem?
Tens uma filha maravilhosa e nem te dás conta disso...

Lamento informar-te e acho mesmo que ainda não te apercebes-te disso, mas quem perde és tu.
Porque as tuas filhas crescem a sentirem-se distantes do pai e como é óbvio aproximam-se mais de mim, porque eu dou-lhes outro tipo de apoio, de amparo e mimo...

Elas precisam de nós os dois.
E doí-me o coração quando vejo que para ti isso não é importante.

Ao final de 12 anos de casamento (feitos ontem) cheguei á triste conclusão que tu és daquelas pessoas que nunca deviam ter casado nem ter tido filhos, porque por mais que eu me esforce para que tu consigas dar algo de ti à tua família, tu não pareces querer fazê-lo.

Já voltamos ao inicio vezes de mais... não gostaria que qualquer dia destes nos perdessemos pelo caminho de vez...

Mas sinceramente também já cheguei á conclusão que por mais que faça, por mais que eu invista em ti e em nós, nada muda...

Não é possível mudar ninguém.
Apreendi isso a minha custa e risco.



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